quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Teoria Econômica Keynesiana e os anos 2000

A última grave recessão ocorreria entre 1969 e 1971. De lá para cá o mundo vinha vivendo um período de abundância econômica, alegria exagerada, com pequenas crises, é claro, mas nada que pudesse afetar a euforia capitalista.
Anos 2000, a China cresce cerca de 10% ao ano. Os Estados Unidos mantém sua prosperidade com a Era Bush: uma guerra atrás da outra; Afeganistão, Iraque. Sempre com motivos muito contundentes, de acordo com suas palavras, e contando com forte apoio de grande parte da população. O povo daqueles países? Morriam aos milhares numa guerra atroz. Enfim, o norte-americanos utilizaram ( e ainda utilizam) muito bem o conceito de estado bélico, apontado por Keynes. Independente da razão real do conflito, seu país continuava economicamente estável, comas as despesas militares elevando a demanda, mas não alterando a produtividade, a ponto de causar algum problema futuro na combinação poupança-investimento.
Tudo corre tranqüilamente. Até que essa prosperidade, esse aparente marasmo capitalista (sempre lembrando que o capitalismo se realimenta com as crises) é subitamente interrompido. Final de 2007, ano de 2008.
A classe média americana vê o período como um ótimo momento para se investir. Resolve atuar no setor imobiliário. Comprar a primeira casa, a terceira, que seja. Dentro de uma economia real tal fato teria tudo para dar certo, afinal, todo investimento dentro da ótica capitalista parece ser um bom negócio. Ele seria equivalente a renda existente, o dinheiro circularia, lucros seriam obtidos e a prosperidade reinaria. Mas esse processo não é tão linear e automático quanto parece, principalmente quando uma economia empresta 52 vezes o seu valor real e 17 vezes a economia mundial. Algo tinha que dar errado. E deu. Os Estados Unidos tornavam-se mais uma vez o epicentro de uma nova crise.
A conseqüência disso, dessa irresponsabilidade? Empresários atemorizados e descrentes efetuando cortes na produção e nos investimentos. Declínio da renda e do emprego, falta de confiança na economia, e, segundo relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas), 1,2 bilhão de famintos em todo o mundo.
Quem mais sai perdendo? Os ricos aproveitam esse momento para acumular mais capital. Crise também é acúmulo. Os pobres? Quem lá sabe deles?!
Novamente o capitalismo mostra sua faceta. E, enfim, é questionado: Será que existe de fato a convicção de que ele é um sistema econômico e socialmente viável? Ficou claro que não. Mas o que será que vem depois? Ainda ninguém sabe.

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