sábado, 20 de junho de 2009

Perdedores Globais

Globalização, eliminação de fronteiras, comunicação nos quatros cantos do mundo. É sobre este contexto que Kurtz trata em “Perdedores Globais”. O autor aponta para as mudanças provocadas pela globalização e para o fato de que, tanto a política quanto a ciência econômica, permaneceram apegadas a velhos conceitos, que há muito não correspondem mais à realidade.
Por exemplo: a questão da internacionalização do capital e, consequentemente, a internacionalização das marcas e dos produtos.

Atualmente, um determinado produto é produzido em determinado canto do mundo e vendido para todo o resto dele. O fato de um tênis ser fabricado na China, por exemplo, não quer dizer que ele seja chinês ou, muito menos, que seu mercado consumidor alvo sejam os chineses. Pelo contrário. A busca por territórios onde os impostos sejam menores e a mão-de-obra mais barata (e menos informada, de preferência) são os grandes atrativos da economia capitalista atualmente. Da mesma maneira que o capital gerado com essa fabricação de produtos não será revertido, necessariamente, para o país onde a tal fabricada está instalada. Vide as inúmeras empresas internacionais que têm sede no Brasil e o país, na grande maioria dos casos, mal vê o resultado de todo o lucro investido. A conclusão que se tira daí é que, assim, os países mais pobres servem apenas como meros hospedeiros de parasitas (as empresas), pois não recebem nenhum retorno daquilo que foi investido e, portanto, não têm como se desenvolver.

Outro ponto abordado no texto refere-se à questão da comunicação global, difundida através da internet. O avanço dessa comunicação eliminou, na mesma medida, as fronteiras territoriais existentes. E, justamente por isso,
conceitos como “país”, “Estado” e “economia nacional”, tornam-se, de alguma maneira, obsoletos. Afinal, um país e uma economia nacional, hoje em dia, não sobrevivem sem uma ajudinha do capital externo.

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