segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mais uma vez o Keynes

Mais uma vez o Keynes

A superprodução industrial nos EUA depois da Primeira Guerra Mundial gerou a famosa Quebra da Bolsa de NY, em 1929. A animação de vender para um continente arrasado traiu os produtores americanos quando estes não enxergaram que eventualmente uma óbvia recuperação aconteceria. A partir desse momento o capitalismo mundial começou a ser repensado, e o antigo sistema analisado, para encontrarem a raiz do problema.

A doutrina keyniana surgiu em meio à Grande Depressão, quando os EUA passavam pela maior crise já vivida no país. Em meio a desempregos, falências e demanda sem oferta, Keynes propôs um processo onde vigoraria uma lógica compensatória. Para ele não existe a possibilidade de um país ter a produção industrial alta ao mesmo tempo em que a sociedade poupa dinheiro. O capital precisa circular, nem que seja necessário os juros, empréstimos, e etc. Se o índice de poupança está alto, o investimento certamente irá cair, pois a produção é menor, assim como o consumo da população. A solução do economista inglês foi o equilíbrio. Exportação e importação estariam no mesmo nível, arrecadação de impostos financiaria a aquisição de bens e também seria utilizada para serviços sociais, equilibrando as despesas.

Com todas essas medidas, ainda assim o processo poderia falhar, pois o liberalismo e a não intervenção do Estado na economia sempre foram a política dos EUA, e isso teria que mudar. O protecionismo segundo Keynes era essencial para uma recuperação completa, e as medidas de incentivo deviam partir do governo de modo que fosse destinada verba para que investimentos movimentassem a economia travada pela crise.

Nos útimos dois anos deste século XXI o mundo viveu mais uma crise econômica, e mais uma vez o modelo de Keynes foi utilizado para acalmar a economia mundial. A intervenção do Estado americano não só salvou o Estado americano como inúmeros outros que têm a sua economia diretamente dependende deste país que parece não aprender com os própriso tropeços.

O problema está em mais uma vez a economia ser globalizada, tirando do Estado a arrecadação de impostos necessária para uma crise como esta. O desemprego assola o país mais uma vez porque o dinheiro que seria destinado a investimentos e criação de empregos foi utilizado para evitar uma quebra maior do que já estava falido. O círculo vicioso terá fim?

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