sábado, 20 de junho de 2009

A fórmula do prazer

Até para isso tem fórmula hoje em dia. Podemos calcular o prazer e o sofrimento. Não há limites para ser racional. Faça você também um gráfico em sua casa para saber se a quantidade de prazer que sente neutraliza o sofrimento. No momento, a minha não.

Brincadeiras à parte, os economistas fazem esse calculo. E, segundo eles, nós também fazemos, inconscientemente. Não parece, mas é até interessante. O prazer e o sofrimento são magnitudes inversamente proporcionais (a não ser para os masoquista). Bom, elas dependem de algumas variáveis: intensidade, duração, certeza e incerteza, proximidade ou longinquidade, pureza, fecundidade e amplitude.

As duas primeiras despertam o interesse dos economistas. Basicamente, se você sente uma dor muito forte ou um prazer muito intenso (ou os dois juntos para quem gosta) a quantidade desses sentimentos poderá ser calculada por duas variações: intensidade e duração.

Em dois dias em que você vestiu um sapato apertado e foi trabalhar, suponhamos que tenha sentido a mesma dor. Mas em um dia você saiu mais cedo do trabalho e no outro foi fechamento e você quase não conseguiu sair de lá. É claro que a quantidade de sofrimento é maior no segundo dia, já que a intensidade foi a mesma, mas a duração aumentou. Pode acontecer o inverso: a duração ser igual e a intensidade, maior.

O objetivo desse estudo é empreender ações que neutralizem o sofrimento pelo prazer. Como se um fosse positivo e o outro negativo. No caso, convenientemente, podemos definir que o prazer é positivo e o sofrimento é negativo. Portanto, quando somados, se forem iguais, um neutraliza o outro.

O homem sofre por antecipação assim como fica feliz com algo de bom que ainda não aconteceu. Por isso pensa no futuro. Isso é ter maturidade econômica. Viver pensando em amanhã. Enfim, trabalhar para pagar as contas, poupar o dinheiro, fazer um plano de aposentadoria. Porque o futuro é incerto e a nossa antecipação de um prazer ou de um sofrimento deve ser proporcional à probabilidade que esse evento tem de acontecer. Por exemplo, se você joga na loteria, sua felicidade antecipada é pequena, apesar do evento ser muito positivo, porque a probabilidade de você ganhar também é pequena.

A economia toma por base essa equação que fazemos automaticamente na vida para calcular investimentos, volume de estoque e outras coisas. A bolsa funciona assim. O investimento é maior, quanto maior for a expectativa de lucro. Mas como tudo na vida, o mercado é incerto. Apesar de todas as fórmulas e cálculos, não é possível prever o que vai acontecer.

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