sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Estado é a saída?

Por Natália Chagas

Depois do apogeu vem a crise. Ouvimos isso desde a época do cursinho e podemos comprovar essa afirmação com alguns momentos históricos. A crise de 1929, que afetou o mundo todo com a quebra da Bolsa de valores, fez empresas e bancos falirem, o desemprego atingir níveis altíssimos e a fome tomar conta de grande parte da população. Antes da crise, a economia norte americana havia conhecido seu auge. O país havia se tornado uma potência mundial, logo após a Primeira Grande Guerra (1914-1918).

Na visão de John Maynard Keynes (1883-1946), a crise faz parte de um ciclo, tanto a atual que estamos vivendo, quanto a de 1929. O processo de falência acompanha um histórico de acúmulo de capitais, poupança e concentração de renda. A natureza cíclica fica clara em sua doutrina, doutrina essa em que o New Deal se baseou para obter sucesso logo após a crise de 29.

Para entender melhor: Na teoria keynesiana, para o capitalismo funcionar o lucro da produção deve ser investido na indústria. O salário dado aos funcionários devem ser usados para dar lucro para essa mesma produção e dessa maneira o ciclo estaria completo. As falhas desse fluxo são as poupanças e a corrupção, por isso os momentos de crise existem.

Mas o que acontece? Quanto mais cresce a economia, mais as pessoas poupam e menos se escoa a produção. Com isso os investimentos sobem e a economia infla. Quando o aumento da produção não sustenta, as empresas não vendem, a produção diminui e as demissões aumentam. Com isso, a população não consome e as empresas vendem menos. Pronto, a crise chegou.

Uma maneira de dribrá-la seria através da intervenção do Estado na economia. O mercado e o livre comércio não dão conta e o governo precisa agir de forma a ampliar a capacidade produtiva da economia, sem reduzir os investimos futuros. O ponto de partida deve ser sempre o mesmo: NUNCA paralisar a produção e o consumo. Como investir e ampliar a economia? Construindo escolas, parques, obras públicas. Bela saída, não? Então, não seria hora do Estado intervir? Será que dessa vez daria certo? Temo essa resposta.

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