quarta-feira, 24 de junho de 2009

Crise! Uma coisa puxa a outra

Não sou economista, mas estou a algum tempo lendo e prestando atenção no que está acontecendo com a economia por aí. Existem inúmeros artigos que explicam esses acontecimentos, mas poucos falam de uma maneira clara e simples.

Pois bem, vamos começar dizendo que uma coisa puxa a outra, é uma mistura só. Tudo começa com o desenrolar do mercado hipotecário americano, que fez renascer na mente de economistas o temido conceito de risco sistêmico.

Que deixou de herança para o mundo a recessão e as violentas quedas das bolsas mundiais além de muita crise no mercado cambiário, analisei primeiramente, os motivos e estruturas da quebra de gigantes americanos, desencadeadoras da crise atual.

Pude ver que os juros baixos do Banco Central Americano é resultado da expansão daquela economia nesta década que acelerou o mercado imobiliário nos financiamentos e hipotecas, na esperança de valorização, então cresceu-se o número de pessoas que hipotecavam este bem para utilizarem-se do produto em outros investimentos.

Os financiamentos ou hipotecas conferidos ao cliente subprime não contavam com rigor excessivo para o deferimento, tendo em vista que esta parcela da população já tinha problemas de endividamento e dificuldade de comprovação de renda.

Desta forma, e já percebendo um dos elementos agravantes do risco sistêmico, os benefícios conferidos a esta clientela tinham maior perigo, porém, com taxas mais altas, de modo a equilibrar a relação.

Com o aumento dos juros e encarecimento do crédito, os imóveis passaram a experimentar enorme desvalorização e com isso a população passou a se endividar e a inadimplência atingiu patamares elevados, interrompendo operações de crédito e a cadeia de compra e venda no mundo todo.

A crise do mercado imobiliário que acarretou prejuízo e quebra de grandes empresas de vários setores afetou diretamente instituições financeiras detentoras destes títulos podres o que acarretou verdadeiro caos no mercado financeiro, transferência de controle para obtenção de recursos e até o pedido de concordata do gigante Lehman Brothers entre outras empresas.

Obviamente a crise afeta a economia brasileira, tendo em vista que os investidores estrangeiros, já estão prejudicados pela situação, vendem seus papéis, também, no Brasil, gerando as quedas nas bolsas Brasileiras deixando o país em estado de alerta.

A situação atual pode ser entendida se analisarmos pela ótica do conceito de risco total.

Há verdade é que há um serio risco de quebra econômica em nosso país podemos ver que o cenário atual identifica todas as formas de existência de risco que desencadearam a crise, e que deixa a sensação de preocupação intensa com a economia global e local.

A crise Americana e global, além de levar os investidores estrangeiros a vender seus títulos no Brasil, de modo a amenizar seus efeitos, o que gerou a queda da Bolsa e a operação em cadeia de venda de títulos, podem acarretar outros problemas ao mercado brasileiro. Como o aumento do dólar que pode aumentar a inflação, e o status do país como produtor e exportador de matéria prima, além de levar à queda dos preços das commodities.

E finalmente, sem dúvida, e por todos os fatos expostos acima teremos uma queda brusca do PIB brasileiro, que desacelerará a economia brasileira trazendo o desemprego e o desesperos de muita pessoas que não sabe nem o que é esse bicho de sete cabeças chamado economia global e seus gigantes, afinal a mídia não consegue passar isso com transparência.

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