quinta-feira, 25 de junho de 2009

Crise no otimismo?

A crise que afeta o mundo inteiro parece passar longe do sempre otimista presidente Lula, que insiste afirmar que a crise passará longe do país. Porém o governo não se manteve inerte e coordenou algumas ações que asseguraram altas na Bolsa de São Paulo e gerou quedas sucessivas na cotação do dólar.
Mas o Brasil será afetado de alguma forma, por exemplo, o setor agrícola está sujeito às variações dos preços do mercado internacional. E para pior o panorama, boa parte do plantio é financiado por empresas que vendem commodities agrícolas, em troca de um pedaço da colheita. Porém o crédito bancário se tornou escasso, assim se pensarmos que a agricultura é a principal responsável pelo saldo positivo na balança comercial do país, é fácil entender a desaceleração do crescimento econômico prevista para 2009.
A confiança do consumidor parece não ter sido abalada e as novas previsões para economia não são tão preocupantes como anunciado no fim de 2008. O PIB (Produto Interno Bruto) terá uma retração de 0.8%, o percentual está abaixo do que o estimado há três meses atrás, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O que se verifica em tempos de crise é o medo do mercado em atingir as marcas de 1929. E a cada nova crise uma avalanche de informações negativas inflamam os países e consequentemente as bolsas de valores. Há de se destacar que com o crash da Bolsa de Nova Iorque no século passado novas oportunidades surgiram para países emergentes, como Argentina e México. Não que suas economias tenham se tornado independentes e a condição da população possa ser equiparada a do mundo desenvolvido, mas é preciso enxergar uma melhora.
As crises do capitalismo são cíclicas e por mais terríveis que possam parecer é necessário repensar os modelos adotados, para garantir que numa nova turbulência não haja tantos feriados. Talvez Lula esteja certo, não há tanto perigo quanto o alertado pela mídia, mas ainda sim é necessário pensar novas formas de organização da economia para garantir uma rápida e eficaz recuperação. Mas isso não irá acontecer de uma hora para e usando metáforas de futebolísticas.

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