quarta-feira, 24 de junho de 2009

Crash

Nada de pessimismo, mas o sonho desenvolvimentista caiu por terra

O ser humano é impulsionado por suas vontades e, através da obtenção do esperado com a compra, movimenta a economia conforme seus desejos. William Stanley Jevons, em seu livro “A teoria da Economia Política”, já dizia que o consumo é a forma encontrada pelo homem de obter prazer.
Muitas vezes, a própria sociedade “dita moda” e a vende como deleite. Na compra do industrializado, as pessoas utilizam qualquer meio na busca do seu privilégio. Desse modo, o consumismo se faz de modo exacerbado.
A atividade econômica mundial foi aquecida não só sem limite e sem direção, mas também sem consequência. Tudo isso proporcionou uma pane no sistema, motivo da crise. Aqueles que a geraram podem até ter os olhos azuis notados por Lula, mas os mantiveram bem fechados. E acreditaram que estavam sonhando. Contudo, o desenvolvimentismo caiu por terra.
Para combater um pesadelo é preciso manter os olhos bem abertos. Entender, por exemplo, que a mesma força motriz que movimentou o mercado financeiro acabou esgotando os seus próprios créditos e levou a quebra de diversos bancos.
A bolsa moveu-se em torno da ganância, a busca incessante pelo lucro foi questionada. No meio do crash é mais do que óbvio que esse sonho desenvolvimentista não passa, a médio prazo, de um pesadelo. Mas, como o sonho traz esperança, a crise poderia significar um despertar para a complexidade do mundo. Não dá mais para ganhar dinheiro só na especulação.
A crise levanta uma consciência coletiva da análise do sistema vigente. Contudo, os satélites ainda mostrarão a devastação do meio ambiente, que continuará. Em 2010 permanecerão as fantasias de um império do etanol, sem considerar o perigo dessa tecnologia. Infelizmente, a tendência de favorecimento individual sofre de obsolescência programada.

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