domingo, 29 de novembro de 2009

Internet: A Enciclopédia Moderna

Ana Carolina Castilho
06004504

A enciclopédia é uma magnífica obra do iluminismo francês e europeu. Ela foi publicada entre 1751 e 1780, em 34 volumes, como uma fonte de conhecimento e não de revelação. Seus principais autores foram Jean D’Alembert e Denis Diderot. A enciclopédia serve para descrever o mais aproximado possível o relativo à concepção do conhecimento humano e Segundo Paulo Serra, em seu texto “Informação e Sentido”, os objetivos de Diderot era reunir o conhecimentos dispersos pela Terra e deixar para as gerações seguintes todos os feitos de sua geração, a fim de evitar que as ações dos séculos passados não se tornassem trabalhos inúteis. Claro, naquela época não era possível colocar todas as informações, assim, elas eram selecionadas pelos seus editores e entravam aquelas mais os interessavam, deixando para trás fatos que deveriam ser esquecidos na opinião deles. Esse fato, restringiu muita informação e construiu, como Paulo Serra cita em seu texto, uma nova memória.

O tempo foi passando e mais e mais informações foram sendo acrescentadas. Os livros iam aumentando, as enciclopédias ganhavam mais volumes, novos fatos se tornavam conhecidos, até chegar nos grandes livros que conhecemos e que a maioria tem guardados hoje no fundo do baú de casa.

Lembro-me direitinho dos dias em que eu passava o dia atrás de livros, pesquisando sobre um determinado tema para entregar, em uma folha de almaço, um trabalho para a minha professora. A enciclopédia “Conhecer”, e a “Grande Enciclopédia Larousse Cultural” fizeram parte do meu ginásio e me garantiram boas notas. Porém, há anos não ouço mais falar das minhas salvadoras do passado e há anos não chego perto de uma. Nem imagino onde elas estejam guardadas na minha casa. Isso porque a internet foi chegando às casas dos brasileiros e sem nem pedir licença, expulsou as velhas enciclopédias para dar lugar a outras mais modernas, mais completas e muito mais fáceis de usar.

O declínio das grandes enciclopédias em livros começou com a chegada das enciclopédias em CD-ROM. Nesses CDs cabiam todas as informações necessárias para que estudantes, pesquisadores e curiosos achassem o que queriam. A vantagem era a portabilidade e a rapidez, além de ter uma produção econômica, animações e até áudio. Foi então que apareceram os hiperlinks, ligando artigos relacionados e aumentando o poder da busca. Então chegou a internet, citada acima. Com ela, vieram as enciclopédias livres, onde qualquer pessoa poderia contribuir com o seu conteúdo, ampliando de maneira absurda a quantidade de informação e criando um banco de dados universal, que é aperfeiçoado continuamente.

Hoje grande parte do que se deseja saber está na internet. Precisa fazer um trabalho para a escola? Precisa entender mais sobre um determinado assunto? Busca no Google! Com um computador e a internet é possível armazenar muita coisa e aprender muita coisa. Tudo é muito rápido. Não se trata somente de artigos de enciclopédia, mas sim de tudo que está acontecendo no mundo. A notícia na internet é imediata. Em questão de minutos podemos saber o que está acontecendo do outro lado do mundo. E não são só de informações úteis que vive a internet. Hoje, uma cultura inútil toma conta de importantes sites de informação. Somos bombardeados por notícias dos mais variados assuntos e muitas delas não nos acrescentam nada.

Toda essa tecnologia tem seu lado negativo. O que estrutura a sociedade hoje é a comunicação, todas as nossas relações sociais estão estruturadas por ela e essa nossa sociabilidade se localiza no cotidiano, que é fragmentado em um universo muito grande de demandas. O problema é que hoje em dia, as informações devem ser passadas o mais rápido possível, o jornalista deve produzir grandes quantidades de notícias em pouco tempo. Há um dinamismo e produtivismo muito grande, deixando o jornalista sobrecarregado e assim a notícia acaba não sendo boa nem para quem escreveu, nem para o leitor.

O jornalismo precisa lidar com a imediaticidade dos fatos e ao mesmo tempo com a vida cotidiana para nos fornecer elementos para que possamos fazer uma crítica sobre o assunto. As notícias de sites como UOL, GLOBO e etc, nos servem como uma enciclopédia moderna, que nos dá base, mas não nos aprofunda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário