quinta-feira, 30 de abril de 2009

Homem em crise

O homem encontra-se numa profunda crise. A cada uma hora, pelo menos, 600 crianças morrem de fome em todo o mundo. Com o tráfico de drogas, morrem mais pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo, do que com a Guerra do Iraque. No Brasil apenas 200 famílias possuem quase cerca de 85% do PIB nacional. E ainda assim, com um salário de R$ 500 um indivíduo pode ser considerado rico nesse país.

Há ainda grupos que brigam, legitimamente, pela formação de um território nacional (vide palestinos e curdos), sendo que em todo o mundo busca-se, pelo menos economicamente, o apagamento dessas linhas imaginárias que determinam o Estado nação.

Ou esses dados estão muito errados, ou de fato, o homem encontra-se numa profunda crise.

Antes da Revolução Comercial, no século XV, o conceito de nação era inexistente. Surge aí não só o conceito de nação - como um estado forte que viabiliza o projeto das grandes navegações - mas a idéia de política econômica. Queria se ganhar dinheiro. Para isso, alguns mecanismos deviam funcionar: intervencionismo estatal, protecionismo, balança comercial favorável. Durante muito tempo, essas foram as bases do capitalismo. Mas, como sempre há na história, certos modelos tornam-se obsoletos para os interesses do homem cada vez mais moderno.

O capitalismo foi avançando, criando novos paradigmas. Surge assim o termo mais comentado dos últimos tempos: "globalização". E com ele caem alguns moldes.

A frase do texto "Perdedores Globais" faz-se, no momento atual, então, necessária: "Embora nossas ideias sociais e nossos sentimentos políticos ainda façam referência ao espaço histórico das nações, essa é uma realidade que pertence ao passado - pelos menos em termos econômicos".

"Hoje, produz-se onde os salários são baixos, pesquisa-se onde as leis são generosas e os lucros, estes apenas onde os impostos são baixos. O estado é cada vez menos o capitalista ideal", bem diferente daquele que surge com a Revolução Comercial.

Diversas privatizações, o estado de bem estar social social entra em colapso, assim como a previdência. Grande parte da sociedade é abandonada a sua própria sorte. O que é intrigante, todavia, é que essa estrutura precisa de mercado consumidor. Grupo que é reduzido gradativamente. Não, não. Cria-se outro mecanismo: o crédito. Parcelas da sociedade que nunca participaram desse grupo agora entram: boletos sugem a se perder de vista.

Mas e aqueles que ainda assim ficam de fora? Não interessa, essa é a África!

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