sábado, 30 de maio de 2009

A verdadeira crise

A pseudo-resistência da globalização se exibe na grande desigualdade, falta de empregos e falta de infra-estrutura que ocorre principalmente nos países denominados “emergentes”. Se por um lado a globalização diminui fronteiras e distancias entre as nações e possibilita o conhecimento de novas culturas, por outro aumenta significativamente a desigualdade social e favorece apenas uma escala superior da população que detém o capital.

O texto de Roberto Kurz expõe claramente a exploração do capital por uma minoria pertencente ao alto escalão da sociedade mundial. Empresas transnacionais possuem a maior parte do capital global. “ Quando a política deseja impor limites `a ação desenfreada do mercado, as empresas globalizadas logo ameaçam com um ‘Êxodo do Egito’”. Esse comportamento denota a incrível fragilidade do Estado diante das empresas privadas, fazendo com que seja necessário o uso de incentivos fiscais para corrigir falhas do mercado.

A “disputa global” está nas mãos de um pequeno grupo de empresários que buscam benefícios egoístas, sem preocupação com o bem-estar alheio. Instalam suas fabricas em países subdesenvolvidos como a China, aproveitando-se da mão-de-obra tão barata que parece escrava, com tintas de exploração sub-humana.

Sim, pode-se dizer que a crise global afeta diretamente as grandes empresas, os empresários e os políticos que dependem do dinheiro que gira em torno da globalização. Mas a globalização, sozinha, pode afetar todos aqueles outros que são explorados injustamente pelos gigantes da elite, que sugam todos os recursos possíveis para suprirem suas necessidades, legal ou ilegalmente. Afinal, a maior preocupação é aumentar a produção e gerar lucros, sem se deter pela fria letra da lei.

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