terça-feira, 16 de junho de 2009

Quem-nes?

Os liberais (até quando?) estão nas cordas. A maravilha das desregulamentação financeira criou a maior bolha financeira de que se tem notícia e criou a ilusão de que o homem havia alcançado a quimera do moto-continuo crescimento econômico perpétuo. Os mercados pareciam apontar para um único sentido -- o dos céus --, até que a ilusão estourasse como uma bolha de sabão. Como sempre, esqueceu-se as lições do passado. Ninguém atentou, particularmente, para o insight do economista Hyman Minsky: quando tudo vai muito bem, quando os riscos desaparecem do horizonte, os agentes econômicos se lançam ao consumo excessivo, ao endividamento irresponsável, a cobiça desmesurada. Os piores pesadelos de minsky se materializaram no pior pesadelo financeiro em 70 anos.

Agora, tardiamente, todas as lições passadas voltam a ser estudas. E lá está Keynes a, mais uma vez, nos apontar o caminho. O Deus mercado está abatido, desbotado, inútil. O Deus Estado, o encurralado até outro dia, agora restou como unica saída. Os donos do mundo, diretamente de Wall Street, clamavam pelo socorro do governo. Chantagistas, falaram: ou nos salvam ou o mundo entra em colapso. E foram salvos, ao preço de trilhões de dólares de dinheiro de contribuientes e trabalhadores de todo o planeta. Quando a economia está em depressão, ensinou Keynes, o Estado precisa fornecer a demanda agregada que desapareceu e assim permitir que o fluxo econômico siga a girar, mas que keynesianismo é esse, em que o Estado socorre os banqueiros, usurpando recursos de geraçõeks futuras, sacrificando os investimentos sociais e em pesquisa científica? Keynes estaria feliz com o uso que fazem de seus ensinamentos? Que keynes é esse afinal?

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