terça-feira, 16 de junho de 2009

“O motivo todo mundo já conhece, é que os de cima sobem e os debaixo descem”

Por Elisangela F. Silva

O sistema capitalista na atual conjuntura, com a máxima de lucro, revelou que o mercado interno é pequeno, elevou o consumo em uma escala inimaginável. O comércio mundial favorece os países que iniciaram deste processo subordinando os outros com desenvolvimento tardio ou inexistente, a esta lógico insana em que os países não têm infraestrutura suficiente para competir, em estado de igualdade, mas são obrigados estar nessa lógica, pois se há quem ganhe DEVE existir quem perca com o processo de desterrritorialização comercial.

Se por um lado, a mundialização abriu novos mercados aumentou os produtos, por outro, enfraqueceu a produção local. Em larga escala, o livre comércio instaurou uma política econômica de concentração, de cartéis, surge as multinacionais, que não tem mais uma origem, fragmenta a produção por países que lhe oferecem melhores condições em cada setor e torna o capital (lucro) flutuante entre os mercados.

Para os países plenamente desenvolvidos, o impacto das multinacionais na economia é favorável, uma vez que a tecnologia e os melhores investimentos são feitos ali e os produtos internos são mais rentáveis aos consumidores. Já para o restante dos países, essa dinâmica vem para arrasar a economia local, incorporando as empresas locais, que não suportam a concorrência internacional, forçando o Estado a investir em infraestrutura, sucateando a mão-de-obra, sem levar em consideração a redução de impostos exigida pelas empresas e acatada pelo Estado.
Em contrapartida do investimento realizado pelo país, essas grandes empresas oferecem empregos com salários baixos, reduzem as empresas propriamente nacionais e não investem os lucros gerados no país que o originou.

Países como os Estados Unidos saem dessa jogada sempre vitoriosos, pois sua produção, e o consumo da mesma, atingem patamares mundiais (não se esquecendo que os investimentos continuam locais por parte tanto do Estado, quanto por parte das multinacionais que investem onde o retorno de capital é maior, ou seja, em países desenvolvidos). A tecnologia e as inovações são direcionadas àqueles que suportam e tem infraestrutura adequada, ou seja os países desenvolvidos que continuarão sendo vencedores nessa corrida, em detrimento dos países que não conseguem se consolidar internamente pelo concorrência desleal criada pela globalização.

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