segunda-feira, 15 de junho de 2009

Estados Unidos da América, literalmente?


Por Lucas Pacheco
Colapso.
substantivo masculino
1 Rubrica: patologia.
estado semelhante ao choque, caracterizado por prostração extrema, grande perda de líquido, acompanhado ger. de insuficiência cardíaca
2 Rubrica: medicina.
achatamento conjunto das paredes de uma estrutura
3 Derivação: sentido figurado.
diminuição súbita de eficiência, de poder
Ex.: c. econômico
4 Derivação: sentido figurado.
derrocada, desmoronamento, ruína
Ex.: o c. do sistema escravagista


Previsto, profetizado e estudado por Marx, Engels, Paulo de Tarso, Wachowski ou outro ente com habilidades oráculares. A história mostra que toda vez que o sistema de organização social entra em colapso, e é substituído, o mesmo fenômeno acontece com quem dá as cartas no momento. Seja a simples conquista militar da Macedônia pelos romanos, a independência de uma colônia, ou a queda do muro de Berlim, alguém perde, para que alguém passe a ganhar.

Cá estamos novamente, no ponto onde tudo sai do controle (do nosso), o modo de se viver muda e a humanidade “avança”. Kurz diz que a globalização acarreta uma nova contradição estrutural entre o mercado e o Estado. Enquanto os espólios são independentes de fronteiras, todos os materiais e utensílios para se chegar ao prêmio são estruturas que dependem da existência do estado. Esta deve ser a chave da nova reviravolta.

Ao elevarem a concorrencia ao nivel "inter-nacional", fazendo com que países disputassem entre si a presença de empresas gigantes, os estados passaram a se comportar, sem se precaver, como empresas.

Ao invés de lerem livros de sociologia e história política, os chefe de estado, hoje, devem se instruir na administração de empresas e gestão de pessoas, sai Presidente entra CEO. Guardadas as devidas proporções, cidadãos são como funcionários, unidade federal pode ser um negócio e cada cidade uma planta produtiva. Recentemente até criaram uma “bolsa de valores” para os países. Quem não acompanha o Risco Brasil?

O caos da as caras em situações antes não previstas. O que acontece quando um país vai à falência? Quem concede ou nega a concordata? Quem controla o monopólio? O que é ilícito? Como se "demite" um cidadão? Mata?

"Podemos apenas perguntar com voz abafada o que é preciso fazer para barrar essa evolução. Um retorno ao mundo das economias nacionais é improvável. Paradoxalmente, no entanto, o espaço público da política ainda permanecem entregue ao Estado nacional. Com base nessa contradição, será possível superar as nações de um modo não apenas negativo? É viável a criação de territórios "pós-nacionais" e campos de operação para além do mercado e do Estado?"

Caro Kurz, ou revemos nosso parâmetro ético. Ou criamos Ultra-estados. Seria possível um governo continental? Mundial? Votorantim, Sony, Nike ou Adidas já tem a resposta, ou pensam ter uma. Pergunte a eles. Como diria tio Albert, tudo é relativo, uma questão de ponto de vista.


Em 2010, Ermírio de Moraes para presidente.

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