segunda-feira, 15 de junho de 2009

Brasil na doutrina Kenyana

Por Renata Pucinelli

Em suas teses, John Keynes citava suas doutrinas direcionado para os Estados Unidos e também de forma global. Obviamente ele nunca citou a economia brasileira nela. Mas vamos ver se suas doutrinas se encaixam no que já foi feito.
Para argumentar, vemos primeiro uma explicação do que é sua doutrina, que foi criada após a crise de 1929. Keynes defendia um processo de fluxo circular, onde o dinheiro flui das empresas para as pessoas, e vice-versa. Com uma lógica compensatória, elas poderiam vir em forma de salários, remunerações, rendas, juros e lucros. O estado poderia intervir na economia, não como forma de destruir o capitalismo, mas de aperfeiçoar o sistema.
Sobre a economia do Brasil, vimos que ela passou por três crises: a de 1929, na época da ditadura militar e a atual, que começou para nós no último ano.
Em todas elas o estado interviu. Na década de 30, Getúlio Vargas queimou o café que sobrava, para tentar rarear o produto no mercado e fazer o preço subir novamente. Na década de 70 os governantes abriram o país para o capital estrangeiro, concedendo privilégios e vantagens a empresários internacionais, o que estimulou uma maior aplicação de capital. Já no ano passado o presidente Lula criou uma série de medidas para alavancar a produção, como abaixar os impostos de diversos produtos como carros, material para construção e eletrodomésticos.
Podemos dizer que em todos os casos houve um fluxo de dinheiro entre empresas e pessoas, como queria Keynes, só que sem envolver a população inteira da mesma maneira. Só quem ganhou muito dinheiro foram as poucas empresas e pessoas. A população em sua maioria não teve uma melhora significativa de vida, se endividaram e como conseqüências criaram novas crises. Por isso podemos dizer que essa doutrina tem suas imperfeições e precisou ser atualizada e modificada ao longo do tempo, pois se foi percebendo cada vez mais um ciclo vicioso, por não contemplar toda a população.
Mas somente uma coisa não mudou de lá para cá, a intervenção do estado. Ele continua comandando o país nesses momentos difíceis.

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